quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ganância multibilionária matou Guitar Hero, diz ex-chefe da RedOctane



Fevereiro de 2011 marcou o triste fim do que foi, por seis anos, uma das franquias mais lucrativas dos games: Guitar Hero. E para o ex-dono da distribuidora original do jogo, a RedOctane, a ganância da Activision foi a causa dessa tragédia.

“Nem todo jogo pode se tornar uma franquia bilionária, mas talvez seja isso que a Activision queira”, disse Kelly Sumner, antigo CEO da RedOctane, que vendeu a empresa para a casa de Bobby Kotick em 2006 por quase US$ 100 milhões. Segundo a análise do executivo, a franquia foi vítima de “abuso”: “tentaram tirar muito dela em muito pouco tempo”, lançando novas versões todo ano e colocando, em tese, quantidade acima de qualidade.

“Veja só como a Take-Two lida com Grand Theft Auto. Eles não saem simplesmente disparando os produtos. Eles mantiveram a série por dez anos, e ela ainda é uma franquia forte”, comparou Sumner.

Como parte da Activision, a RedOctane participou do desenvolvimento ou na distribuição de quase todos os Guitar Hero: o primeiro, II, III, World Tour, 5 e Warriors of Rock, o mais recente. O estúdio foi fechado em fevereiro de 2010.

Ainda assim, o executivo acredita que existe um mercado para a série. “Não há razão para Guitar Hero não continuar. É um ótimo produto. Meu instinto me diz que ainda há um mercado significativo para Guitar Hero”. Pelo bem da transparência, a entrevista de Sumner foi dada ao MCV, site comandado pela Intent Media, empresa da qual Sumner é o atual CEO.

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